quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Há três meses te querendo sem parar.

Só escrevo quando sinto, quando respiro, quando sufoco, quando não resisto. As palavras vão saindo, uma após a outra, letra por letra, numa combinação dolorosa. Vou espremendo tudo isso que acontece de uma vez aqui dentro de mim e vomito tudo numa tela. Não sei quase nada sobre você. O jeito de falar que até me esqueço, e fico insistentemente tentando lembrar de cada detalhe. Pausas. Entre as sílabas. Respirações. As músicas, o lado da cama, o fazer nada, o jeito de carregar uma mochila, o time do coração. Tudo tão pouco e tudo tão tudo. Tudo tão suficiente pra me fazer querer reviver todos aqueles segundos. Tu sabe quais são. Tu, que tão menos ainda sabes sobre mim, parece que aprendeu ainda bebê o jeito de me conquistar. Não precisava de esforço nenhum. Bastava olhar do mesmo jeito, rir da mesma maneira, calar do jeito mais único no mundo. Aqueles segundos tão nossos, mas que parecem tão meus porque me atormentam dia após dia. Um suspiro num cinema, uma conversa num banquinho, um cigarro compartilhado, uma cerveja desejada, uma risada descontrolada. O lugar no ônibus, a reclamação da demora, a indecisão do que fazer, e o desejo de ficar mais um pouco. Tudo tão combinado que as vidas se assustaram. Aquela nossa despreocupação do amanhã, nossa intensidade no agora: eu morro de saudades de tudo isso. É tão doloroso não conseguir mais fazer cócegas em ninguém depois de você. Como posso pensar em deitar de outra forma se tu não vais mais acordar de madrugada pra dizer baixinho: vem aqui pra mais perto. Quem vai me encantar e me irritar com um sotaque que eu mais quis ouvir no mundo. Quem vai me fazer rir tentando imitar meu jeito pernambucano de dizer que tenho saudades. Não vai dar pra ensinar novas palavras a outras pessoas porque eu falei todas que consegui pra você. Por que tínhamos que estar naquele segundo, no meio de tantas pessoas, sentados no mesmo degrau? Por que você perguntou meu nome e por que eu respondi... Depois daquilo, de numa mesma noite, poucas horas, observar cada forma de falar tua, de sair contando coisinhas da vida como se te conhecesse há semanas, de te esperar pra atravessarmos a rua juntos mesmo que tivéssemos com pressa, nada mais foi igual. Nunca foi tão difícil me despedir de um lugar. Não de uma pessoa, de um lugar. Por que você eu poderia ver novamente, talvez, mas aqueles lugares, conversas e vontades nós não compartilharíamos mais. Nunca foi tão ruim subir num avião gelado e vir embora deixando pra trás tudo que eu queria ter dividido contigo. Nunca foi tão bom subir em outro, muito mais acolhedor, pra ir te encontrar outra vez. Tudo culpa do desejo. Da insanidade de pensar que talvez se dividíssemos o mesmo quilômetro essa minha vontade de você iria diminuir. Eu com tantos amores, cheia de histórias, beijos, carinhos, tão dona de mim, me vi pela primeira vez sem saber que rumo tomar, que posição colocar os sentimentos misturados que faziam escala de 0 a 100 aqui dentro. Você, apenas um desconhecido que desejei. Você que eu não sabia sequer o sobrenome agora estava mandando nas minhas vontades, nas minhas noites de sono ansiosas, na minha pressa de partir do meu lugar. Você, que mesmo sem saber, sem nunca imaginar, me deu coragem pra encarar a vontade mais súbita que senti na vida: Correr pra te ouvir outra vez. Talvez a gente nunca mais se encontre e eu nunca mais possa contar como foi minha aventura num aeroporto de madrugada. Talvez a gente nunca mais troque sm’s combinando o melhor lugar e melhor hora pra nossa conversa do dia, ou pra você me ensinar como faz pra andar naquela cidade, que foi protagonista de tantas coisas e passou a ser a protagonista dos meus encontros com você. Aquela parada de ônibus que parecia tão deserta, aquelas ruas que caminhei sem prumo, mas que iam dar direto no nosso abraço, na minha timidez inédita na vida de ficar sem saber onde colocar as mãos e os olhos. Naquelas conversas, silêncios e mãos se encontrando no ônibus que nos levou por tantos dias a mais minutos de conversa, de abraços, de beijos, de desejos sentidos na mesma sintonia. Talvez, quem sabe, a gente possa se esbarrar pra fazermos aqueles passeios que combinamos e não cumprimos porque você sempre dormia até mais tarde. Ou porque eu tive que voltar pra essa cidade que sempre amei tanto e agora vive tão sem cor pra mim. Sinto falta de você fingindo que me entendia enquanto ouvia qualquer música mais interessante que eu. Ou de você fazendo eu me sentir a mais interessante de todas as pessoas. De me preocupar em não machucar teu machucado, de pegar um caminho completamente desconhecido porque eu tinha pressa em ir te ver. Sinto falta de andar de bicicleta ao teu lado, te lembrar da hora e ver você preocupado apenas em desviar um buraco qualquer do caminho. De elogiar teu cabelo, teu cheiro, e escutar você repetir as mesmas coisas sem dizer nada, porque eu queria mesmo era guardar na memória tua forma de falar sobre tudo, pra ver se minha saudade, a que eu ia sentir de tudo aquilo, se conformava. Ausência de insistir por mais de nós, ou de fazer charme por tua demora em chegar. Vontade de mais discussões, de aprender outra forma de ver o mundo, de planejar viagem, de preguiçar na cama numa manhã de domingo. Sinto falta da tua preocupação em eu não pegar chuva, desde o nosso primeiro passeio até o último segundo que te vi. Mais do que tudo, sinto falta do teu abraço. De me sentir segura ainda que eu tivesse num ambiente completamente desconhecido. Sinto falta do que senti. Só não sinto nenhuma falta do que eu era. Mesmo hoje soluçando em cada uma dessas palavras, eu não sinto falta nenhuma de ser vazia. Te ver levantar sabendo que logo, logo (agora não mais...) irias retornar. Sinto falta do que sou agora. Da minha resistência em te escrever algo, por saber que quando escrevo parece que tudo está perdido, mas é quando mais encontro. Sinto uma saudade silenciosa de você. Eu só queria de novo poder argumentar sobre como fazer uma vitamina de banana melhor pro nosso café da manhã...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Rasgue.

São 6 horas da manhã e eu ainda estou aqui sem dormir. É, você fez isso comigo. Fazia tempo que não parava de dormir por qualquer motivo sequer. Agora deu pra não responder minhas chamadas, mensagens, recados, SMS, secretária eletrônica ou qualquer coisa que inventaram pra transformar a distância entre duas pessoas em distância nenhuma. São 6:15 e eu devia estar dormindo, para que daqui há 45 minutos eu levantasse com minhas olheiras companheiras pra enfrentar mais um dia de cão. Porque você não está aqui. Eu não sei se sinto mais saudade ou raiva. Na verdade, acho que a saudade tem ido embora, porque a raiva é poderosa, faz reza forte, e ela vai embora rapidinho. Não pensa nem duas vezes, se sente inútil num mundo em que as pessoas estão muito mais preocupadas com seus ônibus atrasados, seus chefes malucos, o prazo do final do dia, a cerveja barata do final de semana, ou qualquer outra coisa em que saudade, saudade mesmo, de afinar o coração, não tem espaço nem pra fazer lembrança. Ai quando eu acho que desisti, que não tem ser humano nesse mundo que aguente ser tanto tempo ignorado, eu me lembro do “amor é quando você tem todos os motivos pra desistir de alguém, e não desiste!”. Puta que pariu. São 6:20 e minha vontade tá se alimentando até o resto do dia, pra que mais tarde, eu possa chegar, tomar um banho, e tenta dormir rápido, pra compensar uma noite de sono perdida, uma história mal resolvida. Tô tentando fugir desses clichês amorosos, to pensando em sair com um cara novo, ou com cara nenhum, tô pensando em sair e me embriagar com meia dúzia de amigas, tô pensando em comprar um litro de uma vodka vagabunda e me internar em casa com um maço de Hollywood letal, to pensando. Tô pensando e fazendo porra nenhuma. Tô aqui, perdendo tempo de sono, tentando convencer qualquer pessoa de uma coisa que eu não consigo acreditar sozinha. Vou encarar esse dia fodido, vou encarar esse ódio que to alimentando diariamente da sua imbecilidade em não querer enxergar o óbvio. E mais amor, por favor, é o caralho. Esqueceram de avisar que essa merda só faz a gente se atrasar pro trabalho. Bom dia, saia de cima do muro e suma!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Daqui a pouco faz um mês que derramei minhas palavras e lágrimas pra você aqui. Daqui um pouco faz um mês, que penso em ti quando acordo e quando deito, que lembro de tu a cada passo, cada música, cada lembrança idiota que tenho de você. Vai fazer aniversário de tristeza disfarçada nos beijos, nas alegrias e nossos sorrisos. Eu queria tanto você aqui, quanto adoro essa tua sinceridade e poder de sobreposição. Mas não dava pra doer menos, não? É que a carência logo me chama, a tua falta me acanha. Não dá pra ser de novo não?

quarta-feira, 7 de julho de 2010

recado.

Ei, cadê aquele afago nas frases? aquele carinho na voz? Ei, tem alguém aí? Alguém pode dizer pra onde foi? Aquele amor. Lembra? Aquele cuidado e esperado. Aquele carinho, aquele zelo, afago. Onde colocaram o amor compreensão? Se alguém tiver me ouvindo que responda. Aquele amor refúgio? Não sei. Ando procurando por todos os lados, mas parece que resolveram lhe dá férias. Será para sempre? Aguardo ansiosamente que não. Se alguém encontrar o amor apaixonado por aí, pode falar que mandei lembranças. E que estou morto de saudades dele.

domingo, 4 de julho de 2010

Meu coração é teu Lar.

Eu sei de todas as nossas diferenças. De todas as brigas que elas provocam, e de como dóem aquelas discússões sem propósitos. Eu sei das nossas diferenças mas sei muito mais do meu amor por você. Dessa certeza que habita o meu peito e a minha mente, desde aquela primeira troca de olhares. A certeza de que era você. Você com as suas qualidades, inseguranças, medos e palavrões. Era a tua história, que junto com a minha, iria me fazer sentir única, pequena e gigante no segundo do abraço. Me fazer sentir exatamente aquilo que sou, e sempre fui, e posso ser com você, pra você. Esse nosso amor que nos leva do céu ao inferno, que nos envolve do calor mais abastecido de ternura que eu já vi e senti na vida. Desse nó na garganta de saudade, desse tremor nas pernas, desse desejo que inunda a alma, e desse amor que há de ser de longe, a melhor coisa que já aqueceu minha língua e meu coração. Só tu fazes meu braços reclamarem arrepios por carinhos demorados, por horas afins de conversas, de juras e promessas que me fazem levantar todos os dias com vontade e disposição de gerar motivos lindos pra essa nossa história continuar. Por hoje, amanhã, e depois.Vem me cobrir com as tuas letras, e me ninar com teus beijos? Te espero ansiosa morta de saudade, muito menos acomodada que no teu abraço. Nosso amor, alegria de viver.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Enquanto você na arquibancada eu na geral. Enquanto eu além de tudo você afinal. Enquanto eu rondó você madrigal. Enquanto eu paro e penso você avança o sinal. Enquanto você carta marcada eu canastra real. Enquanto eu lugar-comum você especial.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Our certainty. Indescribable. Inexplicable. Can not really compare... Us, our certainty, our dog and our love. I am yours.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Namoro é quando não se tem certeza absoluta de nada, a cada dia um segredo é revelado, brotam informações novas de onde menos se espera. De manhã, um silêncio inquietante. À tarde, um mal-entendido. À noite, um torpedo reconciliador e uma declaração de amor. Namoro é teste, é amostra, é ensaio, e por isso a dedicação é intensa, a sedução é ininterrupta, os minutos são contados, os meses são comemorados, a vontade de surpreender não cessa — e é a única relação que dá o devido espaço para a saudade, que é fermento e afrodisíaco. Depois de passar os dias se vendo só de vez em quando, viajar para um fim de semana juntos vira o céu na Terra: nunca uma sexta-feira nasce tão aguardada, nunca uma segunda-feira é enfrentada com tanta leveza. Namoro é como o disco “Sgt. Peppers”, dos Beatles: parece antigo e, no entanto, não há nada mais novo e revolucionário. O poeta Carlos Drummond de Andrade também é de outro tempo e é para sempre. É ele quem encerra esta crônica, dando-nos uma ordem para a vida: “Cumpra sua obrigação de namorar, sob pena de viver apenas na aparência. De ser o seu cadáver itinerante". - (Fragmento de Dos ficantes aos namoridos, de Martha Medeiros)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

verbo transitivo direto ao coração.

Apaixonar: v.t. Despertar paixão, interessar vivamente/ &151; V.pr. Enamorar-se perdidamente. / Empolgar-se por, demonstrar grande interesse em. Tem coisa melhor que estar apaixonado? Parei pra pensar sobre isso hoje. Tudo bem que existem coisas maravilhosas na vida, e a gente só precisa estar vivo. Carinho de mãe, café com leite, abraço de amigo, cerveja e conversa, e todas essas coisinhas que deixam a vida da gente macia. Mas nada supera estar apaixonado, e sentir reciprocidade. Aquele frio na barriga por causa de uma troca de olhares, o coração balançado por uma ligação, e uma dor de saudade atormentante atingida por um simples "tchau, te ligo mais tarde". Estar apaixonado é quase melhor que areia entre os dedos. Só não é melhor, porque areia entre os dedos pra mim sempre foi sinal de sensibilidade. E a gente fica tão sensível quando estar apaixonado né? Basta um olhar de reprovação que a gente já fica preocupado, e o "está tudo bem?" não sai da ponta da língua. Quando a gente tá apaixonado, a gente respira poesia. Faz versinhos, e córcegas. Quer dormir, e sonhar junto. Acordar cantando, dá uns beijos no nariz e depois aquele sorriso de "vamos de novo?". Quando a gente tá apaixonado, a gente faz planos: Seja a programação do fim de semana, o nome dos filhos, ou que filme assistir no meio da semana. E os planos são juntinhos, viu? Tem que estar de acordo, certinho, combinado. Que é pra que as partes envolvidas só depois pensem nos demais. É o egoísmo do amor, já ouviu falar? A gente quer sempre, e muito. Apaixonar é verbo, sempre de tempo presente e futuro. No plural, de um jeito singular. Tem que sentir. Experimentar: v.t. Ensaiar, verificar as qualidades de, pôr à prova/ Conhecer por experiência, sentir: experimentar alegria. /suportar: experimentar dificuldades.

segunda-feira, 29 de março de 2010

uma sugestão com carinho.

eu precisava vim aqui e contribuir pra fazer teu dia feliz com as minhas letras. essas minhas sílabas que te procuram, te chamam, e são tuas. eu quero viver contigo. quero que a gente saboreie os meus licores, os mesmos beijos, e sinta o mesmo calor, do encontro das nossas mãos. eu quero a tua barba no meu pescoço, as nossas pernas se encontrando, e um chocolate quente as 17. que tal?
 
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