quinta-feira, 18 de março de 2010
Amor de Cinema.
Ontem teve sessão do coração, foi dia de estréia. Dia de muita gente e sorrisos espalhados, a ansiedade, todo mundo reunido. Ontem, teve sessão do coração. Mas não foi um filme qualquer. Foi daqueles excitantes, que deixam os espectatores tremendo de tanta emoção, e sedentos pelo beijo da mocinha com o herói. O filme não era fácil de entender, clichê, lugar comum. Era preciso que todos atentos, vidrados na tela, acompanhassem cada movimento, cada sílaba. O idioma que os atores falavam não era entendido por todos. O vocabulário do amor, quem sabe, é o mais difícil de ser compreendido, mas não menos encantador. Não era preciso legenda, porque todos liam cada gesto, cada olhar, cada beijo. Sabiam no fundo, o que queria ser dito e ouvido. Cada um assistia cena por cena com o coração latejando, inquieto, quase pulando pela boca. Se sentindo ali, na pele dos personagens. Esses que eram verdadeiramente apaixonados um pelo outro. Aventureiro, o herói desbravava cada obstáculo que aparecia, mesmo os mais difíceis, e sofridos. Cada centímetro do corpo dela. A mocinha, por sua vez, se derretia a cada suspiro, a cada jura de amor. Os espectadores cansados, mas não menos felizes, foram se retirando, sem esperar pelo final do filme. É que aquele romance vai demorar, e eles precisavam ir pras suas casas, ao som de "Singin in the Rain", embalados por aquele aroma de menta, ter um amor de cinema com as suas donas.
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