Da Série: Verbos. (Querer e Precisar).

Desde os primeiros caracteres, as primeiras poesias. Até os primeiros olhares, a timidez latejante, o toque das mãos, a respiração ofegante, e a incessante ansiedade. Até o primeiro abraço, o toque da pele, o beijo. Aquele beijo esperado, aquelas mãos suadas nas minhas me diziam o quanto eu não queria que aquilo fosse findado. Aquela noite, tão esperada, e toda essa nossa relação apaixonante, sem explicação, viciante. É algo que prende, alucina, faz querer. Eu te quero, tanto quanto quero que todos os nossos planos sejam reais, que as nossas conversas sempre tão cheias de bem querer, que me fazem te gostar mais e mais, não tenham fim. Não um fim próximo. Não esse fim que dói, e que balança meu coração de saudade só de pensar. Desse fim que não quero saber, não quero viver. Quero elogiar os teus dons e esperar tua vergonha explícita no meio sorriso como recompensa. Não é namoro. É mais que isso. É paixão, é vontade, cumplicidade, mão na mão, olho no olho. Nada que se pode expressar com uma, duas palavrinhas mágicas. Tem que sentir. E eu te sinto meu, assim como sou tua. Eu, e todos os meus medos, os meus sonhos, minhas vontades, meus arrepios, meus pensamentos, meus sorrisos, minhas letras. É tudo teu por direito. Teu, e de todo esse espaço que tomaste aqui dentro. Teu, e desses teus olhares, dessas tuas poesias, das tua ligações, da tua facilidade de me fazer misturar toda as emoções dentro desse meu coração, que também não poderia deixar de ser todinho teu. Eu queria te dizer e fazer sentir isso a todo segundo, esses mesmos segundos que perseguem todo o meu dia de vontade de te vê. De vontade de dormir bem tarde da noite ao teu lado, dizer um segredo, e beijar tua orelha. Acordar de sorriso, e morar dentro de ti. Vou fazer morada, e abrigo. Do meu colo, o teu lugar preferido. E dos teus braços, meus abraços. É por isso que também não hesitaria em te guardar na minha melhor poesia.